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ICC participa de Oficina De Balneabilidade em Ilhabela

Objetivo da reunião foi apresentar a metodologia utilizada pela CETESB para análise da balneabilidade das praias da região, o que ajuda o Instituto a entender e melhorar o monitoramento de qualidade ambiental do Rio Sahy e das praias de São Sebastião

No dia 27 de agosto, aconteceu no auditório do Paço Municipal de Ilhabela a 1ª Oficina de Balneabilidade, com o objetivo principal de apresentar a metodologia utilizada pela CETESB, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, para análise da balneabilidade das praias de Ilhabela.

As apresentações iniciaram-se com a bióloga Karla, do Laboratório de Análises da CETESB, que introduziu os conceitos de águas recreacionais e das doenças transmissíveis com o contato das águas recreacionais contaminadas. A bióloga explicou sobre o monitoramento de microrganismos indicadores e em qual resolução CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) está baseada, ressaltando que o resultado é uma avaliação de tendência da praia em um período de 5 semanas.

Algumas praias possuem coletas de amostras semanais ou mensais, e classificam-se conforme a frequência de usuários na praia. Além disso, ela explicou que praias muito extensas têm mais de um ponto de coleta. Em São Sebastião, as coletas são feitas aos sábados e os resultados são publicados às quartas-feiras. A Dra. Claudia Campareli, responsável pelo Laboratório da CETESB, explicou sobre a poluição difusa que ocorre por meio dos corpos hídricos que chegam à praia, somados ao grande volume de chuva na região, coincidentemente ao período de temporada alta de verão.

Entendendo a metodologia de análise da CETESB, considerando o clima tropical, a frequência de chuvas e a economia local, considerando o tempo de utilização desta metodologia, conclui-se que o método é falho em diversos pontos. Dentre eles, em relação ao tempo de controle da contaminação da praia, pois 5 semanas é um período muito grande para um local muito dinâmico. Ao não considerar o grande volume de chuvas em um curto período de tempo e, por fim, não ter uma certa flexibilidade à adequação das características ambientais locais, com uma metodologia usada há 20 anos, talvez a empresa responsável pelo controle do esgotamento sanitário também deveria considerar estes dados para uma melhor gestão dos corpos hídricos que influenciam nos resultados das análises das praias.

Para o ICC, é fundamental a participação nestes debates na região. Além de ajudar a entender sobre a metodologia para um melhor acompanhamento e desenvolvimento nas ações realizadas pelo Instituto no monitoramento da qualidade ambiental do Rio Sahy e na balneabilidade das praias da Barra do Sahy e da Baleia, estes debates auxiliam a pensar em estratégias e soluções para políticas públicas de esgotamento sanitário em locais com características semelhantes ao que encontramos na APA Baleia Sahy, em São Sebastião, e propor novas estratégias de monitoramento ambiental, além de outras alternativas de controle e de esgotamento sanitário nos núcleos do entorno da APA.

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